quinta-feira, 26 de agosto de 2010


ARTIGO DE OPINIÃO CLASSIFICADO EM 1º LUGAR NA COMISSÃO ESCOLAR E NA MUNICIPAL DA OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCREVENDO O FUTURO



Biblioteca pública: suporte educacional ou patrimônio histórico-cultural?

Uma biblioteca pública deve ser um espaço sociocultural que dispõe de um considerável acervo bibliográfico, além de prestar serviços informacionais para a comunidade em geral, possuindo obras atualizadas com uma ampla gama de assuntos em múltiplos suportes.
Não é isso que vemos na biblioteca Pinto Martins. Qualquer pessoa que a frequente, percebe da forma mais cruel e explícita que seus direitos básicos como cidadãos são negligenciados e desprezados: há ausência de um ambiente apropriado para os estudos, não há computadores conectados à internet, inexistência de assinaturas de jornais e revistas de grande circulação e sequer recebe uma renovação periódica e atualizada de seu acervo bibliográfico.
Esse fato vem provocando confronto de opiniões entre pessoas responsáveis por tal órgão público. A bibliotecária Helena Frota afirma que esse ambiente dispõe de livros raríssimos e atende a um grande número de usuários diários. No entanto, folheando o controle de empréstimo desse espaço, constatei que no mês de junho de 2010 foram totalizados 119 empréstimos de livros e em julho 85. Percebe-se uma queda nos serviços de empréstimos no último mês, além desses números serem baixos para uma população que já passa dos 65 mil habitantes.
Na minha opinião, a biblioteca de Camocim vem se tornando um patrimônio histórico por não haver atualização dos serviços prestados a comunidade. Vejo a extrema necessidade da prefeitura investir mais recursos nesse ambiente e melhorar a qualidade do serviço prestado à população. Caso os recursos municipais sejam insuficientes, deve-se procurar convênios e atrair investimentos dos governos estadual e federal.
A secretária de cultura, senhora Vanda Coelho, acredita que a reforma e ampliação da biblioteca deveria ser responsabilidade da secretaria da educação. Em oposição, o coordenador de desenvolvimento técnico-pedagógico, Fábio Silva Sipaúba, sustenta ser a política de valorização do livro e da leitura contribuição para ampliação do repertório cultural dos munícipes, sem dúvida, responsabilidade da secretaria de cultura.
Assim, enquanto a divergência não der lugar ao bom senso e a projetos concretos e realizáveis, a biblioteca pública municipal vai continuar sendo apenas um patrimônio histórico-cultural.

Aluno: Jean Carlos Costa Barros
Série: 3º ano G – Noite
professora: Márcia Oliveira de Sousa

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