Como aprender mais sem estudar mais
O neurocientista americano Wilkie Wilson afirma que a adolescência é uma oportunidade única para “turbinar” a mente. Para ele, as condições químicas do cérebro e a emotividade dos adolescentes criam um ambiente favorável pra a retenção de informações.
Para Wilson, que passou os últimos 20 anos estudando a maneira como o cérebro armazena as informações, a explicação é simples: o cérebro está em formação, e se você exercitá-lo bastante agora, os ganhos serão permanentes. Mas por exercitá-los é bom que se entenda que a ginástica cerebral não é apenas empenhar-se nos estudos. “Aprenda esportes difíceis, linguagens de computador, viaje, conheça pessoas, participe de debates“, aconselha Wilson. O esforço combinado dos estudos com experiências que exigem raciocínio e interação social permitem que o cérebro de um adolescente fique “plugado”. Os benefícios são “capacidades humanas sofisticadas”, como a habilidade para fazer várias coisas ao mesmo tempo e a capacidade de antecipar as conseqüências de fatos e das próprias ações.
O professor Wilson não quer dizer que os adultos não continuam aprendendo. Ele salienta que os jovens devem ter consciência que se exercitarem o cérebro agora, irão ter ganhos permanentes que se traduzirão em facilidade de aprendizado e clareza de pensamento por toda a vida. Os cérebros jovens têm características muito próprias que permitem este impulso na adolescência. Como jovens, explica Wilson, “eu me refiro aos adolescentes, mas também a uma pessoa até o início dos vinte anos”. A química do cérebro do adolescente é diferente da encontrada no cérebro de um adulto. Os neurocientistas acreditam que essa diferença cria um ambiente favorável à retenção das informações.
Fonte: www.revistaepoca.globo.com
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